terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Memórias “Reais”

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Corria o longínquo ano de 2001 em meados do seu nono mês, quando um grupo de amigos, baptizados como Imperial Neptuna Académica se juntou rumo a Munster na Alemanha.
Como já mandava a tradição, a viagem servia de desculpa para mais uma jantarada antes de embarcar no NepBus e claro que, não podia faltar a presença dessa bebida abençoada pelo deus Baco para que, Neptunos e seus caloiros partissem de barriga cheia e com um enorme sorriso( e de peito feito).
E assim lá partimos.
A viagem lá foi correndo a um bom ritmo e logo com sobressaltos ainda nem sequer tínhamos saído do nosso distrito….o que mais nos iria acontecer.
Os últimos bancos do NepBus iam ao rubro, até porque tínhamos descoberto uma nova forma de se entretermos - beber James Cook (Rum), e assim atravessamos Espanha e entramos em França. Quando estávamos ao chegar a Paris eis que o condutor teve uma ideia brilhante - parar numa estação de serviço.
É claro que depois de beber muito James Cook com cola, comer imensas comidas enlatadas maravilhosas e estar com os intestinos sobrecarregados de excessos nada melhor que uma boa toillete ao lado de Paris. E assim lá saí do NepBus em direcção a sanita mais próxima.
“Ah que maravilha, parece que perdi 5 quilos” - pensei eu enquanto me dirigia para o local onde esteve estacionado o autocarro. Neste espaço de tempo já dentro do autocarro alguém pergunta ao meu amigo Maricato se estavam todos os elementos, sem contar as cabeças ele disse que sim:
- Dos que estão não falta ninguém, vamos embora!!!
E arrancaram.
Passados 2 ou 3 minutos O Tarzoon atende o telemóvel e eis que eu digo:
- Eh pá então vocês foram se embora sem mim!?!?
Logo o Tarzoon gritou:
-Oh pessoal... falta o Taborda!!!
Pois foi, aqueles artistas deixaram-me a “c….” numa estação de serviço da auto route ao lado de Paris. O que me safou foi já existir telemóveis e ter levado este precioso equipamento tecnológico para estar entretido enquanto esvaziava a tripa.
Depois de conseguir com que o NepBus parasse numa zona de descanso uns quilómetros mais a frente, tinha que descobrir uma maneira de alguém me dar boleia. E lá me desenrasquei, lembrei-me de ver se havia algum camião com matrícula tuga. Dei umas voltas por lá e para meu espanto estava um camião tuga a entrar nesse mesmo momento, esperei que o condutor fizesse o que tinha a fazer e quando ele estava a regressar ao camião abordei-o:
– O Sr podia-me dar boleia até….blá, blá, blá….
Expliquei-lhe a situação toda e ele aceitou. A cena mais fixe é que ele era israelita, por isso não deve ter percebido nada do que lhe disse, já que a única coisa que fez foi acenar com a cabeça e mesmo dentro da cabine a respostas eram sempre o aceno da cabeça.
Mas pronto, o fixe é que passado alguns quilómetros e depois de uma conversa muito animada com o israelita ( em que só eu é que falava) lá vi novamente os meus irmãos neptunos.
Voltei a entrar no autocarro e "Alemanha, lá vamos nós".
Moral da historia-“ Quando fores C.g.r leva o telemóvel”


Taborda
O “Rei” se faz favor