... e viva a Tuna!
Já lá vão os tempos idos de 1889, data da criação do grupo de vozes - Estudantina Figueirense, que começou por incentivar o canto orfeónico na Figueira. Apenas sete anos após a Figueira ter ascendido à categoria de cidade! Um burgo ainda pequeno e pobre mas culturalmente desenvolvido.
Depois o órfeão do Ginásio... e outros que surgiram e que desapareceram com o passar dos anos.
Actualmente a Imperial Neptuna - Tuna da Cidade da Figueira da Foz, é já uma referência ao nível da qualidade técnica-artística. Pelos instrumentistas e vozes, classifico-o com nota alta no leque das tunas portuguesas. Representa o academismo figueirense e o concelho, terra que agora comemora 125 anos de cidade e o sabor do centenário da célebre Marcha do Vapor - emblemática composição musical de autoria de Manuel Dias Soares (música) e António Pereira Correia (letra).
Este tema também faz parte do multifacetado leque de opções da Neptuna. Arranjo próprio, original e cativante. A Imperial Neptuna, que acompanho com atenção desde a sua criação, revela-se aqui também criadora, mas sobretudo carinhosa para com os temas que, com outra roupagem estética, podemos ressusitar e fazer entrar nos ouvidos dos que hoje vivem a Figueira.
Parabéns pela persistência e qualidade!
António Jorge Lé - Director do semanário "O Figueirense"